Narcótico

São substâncias analgésicas derivadas do ópio. Este alcalóide é obtido de forma natural a partir da papoula (Papaver somniferum). Diretamente do ópio extrai-se a morfina (1803) e a codeína (1831). A heroína (diacetilmorfina, 1874) é obtida em processo laboratorial e como tal considerada semi-sintética. Há no arsenal médico outros opiáceos obtidos sinteticamente (ex. meperidina).

Os opiáceos têm uma, até agora, inigualável capacidade analgésica. Seu uso pode ser acompanhado de algum desconforto (náusea, vômitos). O uso ilegal, principalmente da heroína, é um grande problema de saúde pública na Europa, Estados Unidos e Ásia. Provoca um dos mais graves quadros de dependência no usuário.

Devido à utilização da via injetável e ao compartilhamento de seringas, agulhas e demais apetrechos entre os usuários, podem surgir outros graves problemas de saúde (Aids, endocardite, hepatites B e C). Apesar de ser pouco utilizado nos meios médicos e científicos o termo narcótico (do grego narke, torpor, adormecimento) durante muito tempo caracterizou os opiáceos.